O município de Sabinópolis foi criado pela lei estadual número 843 de 07 de setembro de 1923, porém sua emancipação se deu em 24 de fevereiro de 1924, quando se separou do município do Serro.
No ato de sua emancipação, Sabinópolis teve quatro distritos, a saber: Sede, Euxenita (antigo povoado do Patrimônio), Quilombo (antigo povoado de São José dos Quilombos) e São José dos Paulistas. Este último distrito se emancipou no ano de 1953 passando a se denominar apenas por Paulistas.
O povoamento da região, onde hoje é a sede do município, iniciou-se por volta do ano de 1805, quando um casal de fazendeiros do Serro doaram terras na região para quem ali quisesse se fixar. Com esse gesto, Joaquim José Gouveia e sua esposa Francisca Vitória de Almeida e Castro doaram terras para aqueles que manifestavam interesse em ali se fixarem. Muitas pessoas que se encontravam na região da cidade de Diamantina e que se dirigiram para esta devido sua fama promovida pela mineração de pedras preciosas vislumbraram neste gesto a chance de se tornarem detentores de terras no terreno concedido pelo casal. A fama dos diamantes explorados no século XVII e XVIII trouxe para a região aurífera ao redor do pico do Itambé um grande número de pessoas (forasteiros, mineradores) que acreditavam no enriquecimento fácil. Porém, o que foi percebido é que com o declínio da produção de diamantes, esses homens passaram a se dedicarem a uma nova atividade econômica – a agropecuária. Dessa forma, no início do século XIX, a área de confluência do ribeirão Almeida com o Rio Correntes passou a ser povoada, formando o Arraial de São Sebastião dos Correntes.
O desenvolvimento do povoado não demorou muito e já no ano de 1829 tivemos a criação do Primeiro Cartório de Registro Civil, sendo o primeiro juiz de paz o senhor Antônio Borges Monteiro Júnior, natural de Vila do Príncipe do Serro Frio, atual município do Serro. Consta no livro “Termos de Reconciliação” a data do Termo de Abertura de 29 de agosto de 1829.
No ano de 1840, o povoado que possuía a posição de curato foi elevado a paroquia, passando a se tornar distrito do Serro conforme a lei provincial número 184, em seu artigo 1º do parágrafo 11º de 12 de março do referido ano. Porém, em 1845, o distrito de São Sebastião dos Correntes voltou a condição de curato, ou seja, povoado. Este fato ocorreu devido a reflexos dos conflitos políticos entre conservadores e liberais no Brasil. Somente um ano depois, pela lei provincial de número 288 de 12 de março de 1846 é que foi restaurada a Freguesia de São Sebastião dos Correntes e que conservaria os antigos limites de sua criação, conforme a lei de 1840.
O desenvolvimento da Vila de São Sebastião dos Correntes até a sua emancipação ocorreu de forma lenta se comparar aos primeiros 30 anos de sua criação. O primeiro recenseamento populacional realizado em São Sebastião dos Correntes no ano de 1.866 consta um total de 3.893 habitantes sendo, 3.015 pessoas livres (1.470 homens e 1.545 mulheres) e 878 escravos (525 homens e 353 mulheres). No ano de 1.970 o senso era de 15800 pessoas sendo que cerca de 11000 habitantes viviam na zona rural da cidade. No senso de 2.010 éramos 15.704 habitantes e 10.136 vivam na zona urbana e 5.568 na zona rural. Hoje se estima que somos 15.961 habitantes.
A economia local de 1.866 girava em torno das atividades agrícolas e pecuárias como feijão, café, rapadura, queijo, toucinho e carne de sol. Estes produtos aqui produzidos eram levados para o Serro e por seguinte à Diamantina e desta cidade vinha pano, sal, trigo e outros produtos de primeira necessidade ou de luxo.
O vilarejo era carente de instituições de ensino. As crianças e jovens aprendiam a ler e escrever através do ensino que era ministrado de forma particular nas residências. Os pais que possuíam uma melhor condição financeira enviavam seus filhos para escolas ligadas a Irmandades religiosas nas cidades do Serro, Diamantina, Conceição do Mato Dentro e Caraça, em que ficavam na condição de internos. Por anseio da população local, foi criado através do decreto estadual número 2.947, de 25 de setembro de 1910 a autorização para a criação de um grupo escolar que foi erguido com o apoio financeiro da população que passou a funcionar na praça central ao lado da igreja matriz. Era o Grupo Escolar Sabino Barroso que funcionava o primário, da primeira à quarta série (hoje os anos iniciais do segundo ao quinto ano do fundamental I). Na primeira metade dos anos 1950 foi organizado sob a liderança do pároco Monsenhor José Amantino dos Santos a fundação da Sociedade Ginásio de Monsenhor José Amantino. Novamente a população do município ajudou ativamente com doações para a edificação da nova instituição. O Ginásio funcionou de forma particular até a sua estadualização pela lei nº 3.909 de 22 de dezembro de 1964, passando a ser denominado Escola Estadual Monsenhor José Amantino dos Santos. Hoje o Ginásio, como é conhecido, atende as turmas do ensino fundamental II e ensino médio. A cidade conta também com a Escola Estadual Patrício Paes de Carvalho que foi criada através do decreto da ALMG n º 7683 de 23/06/1964. Nesta são atendidos alunos do fundamental I e atualmente funciona atendendo alunos do fundamental II. Além destas instituições estaduais o município possui escolas de ensino técnico de contabilidade, enfermagem e magistério além de duas escolas particulares que atendem do ensino maternal ao médio.
O município de Sabinópolis foi criado pela lei estadual número 843 de 7/09/1923, vindo a emancipar-se em 24/02/1924. Ao emancipar-se do Serro, Sabinópolis passou a ter quatro distritos: Euxenita (conhecida como Santa Rita em homenagem à padroeira do local), Quilombo, o distrito-sede e o distrito de São José dos Paulistas, emancipado em 1953 com o nome de Paulistas. Tem atualmente como vizinhos os municípios de São João Evangelista, Paulistas, Guanhães, Serro, Materlândia, Dom Joaquim, Alvorada de Minas e Senhora do Porto.
O nome do município é uma homenagem ao político Sabino Barroso (deputado, senador e ministro).
Sabinópolis também dispõe de rico acervo histórico, constituído principalmente de bens imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico Municipal. Entre eles, pode-se destacar o prédio da Escola Municipal de 2º Grau e o Sobrado Barroso, residência onde nasceu o pai do famoso compositor Ari Barroso.
O município caracteriza-se ainda por possuir uma grande área rural, responsavél em parte pela economia da cidade.